O Projeto SER – Saúde Mental, Estigma e Resiliência tem como missão contribuir para uma sociedade mais inclusiva, promovendo a aceitação e respeito pelas pessoas com experiência de doença mental. Este projeto reúne diversas personalidades associadas a diferentes instituições de renome da cidade do Porto, das áreas da saúde, investigação, educação, cultura e comunicação social e tem como objetivo desconstruir preconceitos e diminuir atitudes estigmatizantes em torno da doença mental.
Entre as instituições representadas no projeto incluem-se, do Universo do Instituto Politécnico do Porto, o Laboratório de Reabilitação Psicossocial (LAbRP) da Escola Superior de Saúde (E2S) e a Escola Superior de Media, Artes e Design (ESMAD), assim como o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), o Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S), a Unidade Local de Saúde Santo António, representada pelo Hospital de Magalhães Lemos, a Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental e o Museu Nacional Soares dos Reis.
António Marques, Vice-Presidente do Politécnico do Porto e Coordenador do Laboratório de Reabilitação Psicossocial refere que “O estigma e a discriminação são talvez os fatores mais limitativos a uma participação social e cívica plena e à construção de projetos de vida com propósito e bem estar para todas pessoas que em algum momento experienciam uma doença mental”, reforçando o papel que este projeto tem para alertar e contribuir para a promoção de uma sociedade portuguesa cada vez mais diversa e inclusiva. Artemisa Rocha e Sara de Sousa, investigadoras do LAbRP fazem também parte da equipa do Projeto.
O SER foi oficialmente lançado com a conversa “Saúde Mental: Arte e Cultura”, que decorreu no dia 23 de janeiro, às 18h00, no Museu Soares dos Reis. O evento, que foi moderado por Sandra Sousa, jornalista de RTP, discutiu a interseção entre saúde mental, arte e cultura, sublinhando o papel vital destas na desconstrução de mitos e preconceitos e na promoção da saúde mental.
Do painel fizeram parte Pedro Morgado – professor da Universidade do Minho e coordenador regional de saúde mental do Norte; Andreia Magalhães – curadora do Centro de Arte Olívia; e José João Silva – enfermeiro chefe do Hospital Magalhães Lemos.
Este projeto pretende criar diálogos e conversas entre pessoas, com ou sem experiência de doença mental, sendo uma iniciativa que pretende contribuir para uma sociedade com mais conhecimento, tolerância e espaço para a capacitação e para a partilha de vivências, em diversas áreas da ciência, da cultura, do desporto, do ensino e do trabalho.
